Opinião - Gazeta Rural























Empresários Agrícolas de Sucesso – Precisam-se!

Um empresário agrícola de sucesso deve fazer a auto análise prévia das suas competências empreendedoras, à entrada no negócio ou realização do investimento, através da apreciação da sua capacidade de avaliação das pessoas (e.g. prestadores de serviços, colaboradores, fornecedores e clientes), liderança pelo exemplo, coragem para enfrentar os momentos difíceis e recomeçar com a motivação do 1.º dia, resiliência, capacidade para lidar com a adversidade que aparece nos primeiros anos e uma forma generalizada, evidenciando a aprendizagem para ter como resposta um comportamento e maneira positiva da ação, determinação, foco nos objetivos, motivação pessoal muito forte para fazer acontecer até que os objetivos se cumpram, mesmo os muito custosos e que geram sacrifícios pessoais, mesmo aqueles que são complexos e que demoram anos a serem atingidos (e.g. “Capacidade de levar a carta a Garcia”). Por outro lado não há empresário e negócio sem risco, este pode ser mais ou menos provável, pelo que, o empresário tem de possuir a capacidade para assumir os riscos do negócio ( e.g. como diz o ditado popular  “quem pensa não casa; quem casa não pensa). Por último, não menos importante tem de possuir “objetivos claros do projeto (e.g. gerar um salário/sustentar a família; rentabilizar terras de família; remunerar capitais, etc.), assim como ter capacidade para conseguir o financiamento necessário, seja para investimento, seja em exploração da atividade.


Com o negócio a decorrer o empresário de sucesso tem de acompanhar os pormenores da atividade diária da empresa agrícola, regista-los, tratar os respetivos dados recolhidos e tomar decisões com base nesse conhecimento adquirido. Este controlo é da responsabilidade do empresário e a parte operacional é função direta do chefe de exploração, o qual pode ser o próprio empresário ou um trabalhador por conta doutrem. O resultado do trabalho desta pessoa, deste líder/controler, é chave para o sucesso produtivo da exploração agrícola traduzido em resultado financeiro e económico. Para tal é preciso que o chefe de exploração acredite que a sua atividade a desenvolver irá ter sucesso e ao mesmo tempo que tenha competências para a função nomeadamente, capacidade de observação, interesse em aprender mesmo os pormenores mais enfadonhos até às matérias mais complexas, busca incessante de soluções para os problemas que aparecem no dia a dia de uma exploração agrícola, seja nos mais irrelevantes até aos mais importantes ou determinantes, rigor e disciplina no pensamento e na ação, coragem para recomeçar após o fracasso procurando fazer melhor em cada dia face ao dia anterior mesmo que os resultados momentâneos sejam péssimos ou ruinosos, determinação em cumprir e fazer objetivos, capacidade de gestão de pessoas e equipas, etc.

Ou seja todas estas características e qualidades do empreendedor, traduzem-se na prática através da realização das operações culturais na respetiva melhor oportunidade técnica, na prevenção de problemas ou na sua eliminação rápida, atempada e eficaz.


Do ponto de vista operacional um bom gestor é capaz de elaborar o plano de ação anual do negócio ou campanha de produção e o respetivo orçamento, bem como pela respetiva implementação e controlo de desvios. A gestão de operações e os seus custos são objeto de permanente foco com o objetivo de garantir que estão em linha com o planeado ou que novas operações decorrentes de alterações climáticas, pragas ou doenças, alterações fisiológicas, etc. são rapidamente incorporadas no plano e os seus custos colocados no orçamento e consequentemente, realizados os ajustamentos possíveis noutras operações culturais para ajustar e minimizar os custos de produção.

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